Eu vou te contar uma coisa nessa carta muito doida que to te escrevendo agora. O vento tá soprando numa velocidade sem igual, cara. As coisas estão voando, papel na ventania já se desfez tem é tempo, as águas estão revoltadaças e o fogo pode lamber a gente a qualquer momento. Mas me disseram por aí que tem gente que tá toda se coçando por dentro pra reorganizar o tempo, tomar banho dessa água calmamente e deixar o fogo lamber deliciosamente sem queimar por completo, assim de cantinho, de pouquinho, pra acalmar mesmo, mas pra sentir também. Essa tal gente por aí, que tá se coçando, acabou virando uma mesma esquina numa mesma hora e se viu, e se olhou, e chegou perto e apertou as mãos: olá, eu to a fim de dar uma passeada nesse mundo mas quero companhia, tá querendo? Meu negócio é o seguinte, a gente sai por aí, olha as coisas dum jeito particular, porém parecido e diferente e partilha das nossas cabeças abertas, olhos apontados pra horizontes legais, esperançosos e aí a gente vai se dividindo com as pessoas que forem passando por aquela esquina que a gente se conheceu e convida toda essa gente disposta a viver. É isso mesmo, convidar a viver. A viver mais, melhor dizendo. Que nem criança, que sente cócegas e adora sentir mais... e vai fazer xixi nas calças de tanta felicidade. Ah, toma banho depois, mas primeiro se lambuza disso aí. Eu to com essa gente agora, eu apertei a mão e disse que queria um espacinho entre eles, e eles super sorriram pra mim, cara. Isso tá muito bom, a gente vai esmiuçar o mundo, pedacinho por pedacinho, em todas as coisas bacanas que o homem faz e em todas as coisas não-bacanas que os homens também fazem. Eu to tão animada que to me embaralhando nas coisas, mas espero que você consiga entender o que to sentindo agora. Tenho certeza que a gente vai se dar bem, eu já freqüento a casa deles. O cara maior, o Senhor Clóvis, é muito legal, me deixa praticar a vida na casa dele. Eu corro descalça e danço com todo mundo. Vai ser bom, te escreverei sempre. Vem aqui um dia. Tenho que correr que agora a gente vai comer sobremesa.Danielle Ribeiro.
E no próximo domingo, dia 06/09, a estréia: "Ateu, eu não creio no diabo. No entanto afirmo que se houvesse diabo..." CAPITALISMO E O DIABO, de Luciano Fortunato.
"Que nem criança, que sente cócegas e adora sentir mais... e vai fazer xixi nas calças de tanta felicidade. Ah, toma banho depois, mas primeiro se lambuza disso aí."
ResponderExcluirSim! (/dawson)
Adorei o texto e toda a força pro blog seguir adiante! Já estou com vocês no twitter.
Um grande abraço!
Praticar a vida. Convidar a viver. Estou gostando disso! :)
ResponderExcluirGostei muito desse texto, a base filosófica dele é muito bom, ele nos mostra que devemos viver cada momento da vida como se fosse o ultimo, e que o melhor da vida é viver.
ResponderExcluirabraço a todos.
Thiago "Guma" Pio
vamos lá, então, dani, praticar a vida. (luciano)
ResponderExcluirVamos passaear todos juntos nesse universo "cloviano"!!! Vamos dar as mãos e pensar enquanto caminhamos e comemos sobremesa com a Dani... rs
ResponderExcluirpow, muito bom!!!aproveite a vida agora, ñ deixe nunca para depois o q pod ser feito agoraa!!!
ResponderExcluir"eh quando o sol invade os olhos, e só pra te lembra, q o bom da vida ñ tem preço e q e hr de acordar"
Essa e a vibe...
Dani Ribeiro!!!!! ninguém melhor pra estrear o blog.Parabéns!!!
ResponderExcluirmuito sucesso aí pra galera!
mas só vai ficar manero msm quando começarem as tirinhas...
Viver a vida
ResponderExcluirnão no mais do mesmo, mas mesmo do mais!
Belo texto!