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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tipos Ideais

Existem três tipos de pessoas (dentre os outros infinitos tipos): os fisiológicos, os ideológicos e os orgânicos.
Os fisiológicos são do tipo mais comum. Sua forma de ver o mundo pode ser expressa pela frase: “amo muito tudo isso”. Suas profissões são bem variadas, indo desde altos executivos, empresários, políticos, economistas, até a vendedores ambulantes ou psicólogos.
Caracterizam-se pela falta de personalidade, ou à presença de “personalidade” com uma grande tendência fetichista, como, por exemplo, em colecionar toda sorte de coisas ou se entusiasmar pelas modas mais atuais possíveis. Em geral, não reconhecem no seu trabalho a satisfação em si mesmo, mas o utilizam como forma de atingir fins outros, status social ou simplesmente o vêem como forma de ganha-pão sem qualquer crença na razão social ou ideológica dele.
Sua relação com algum sistema de crenças é o mais variado possível. Mas por mais que creia no transcendental, ele de modo algum ou apenas superficialmente transformará sua forma de enxergar e/ou agir na sociedade, tão somente se adaptará e continuará na mesma maneira em que aprendeu a viver.
Este tipo é o grande responsável pela reprodução dos valores e instituições sociais, bem como do próprio sistema capitalista, devido principalmente à sua ânsia consumista. Em relação aos problemas e mazelas sociais, prefere crer nas soluções mais abstratas e complicadas, como o “fim da violência” ou a “paz mundial” através da conscientização dos outros, do que nas ações na vida prática e política. Tirando de si mesmo a responsabilidade nas preocupações políticas, transferindo a culpa cristã ao Estado e governo onde a política se faz num terreno distante e de onde seus ouvidos cansados de mais um dia de trabalho não merece tomar contato com tão baixa e vil natureza, para tão somente viver o mundo imaginário das revistas de moda, do mundo dos carrões, das festas aristocráticas ou de outras tantas frugalidades escapistas.
Os ideológicos são do tipo mais incerto e perigoso. Podemos encontrá-los em diversos lugares, como nas igrejas, mosteiros, partidos políticos da esquerda ou da direita, nas academias, nas juventudes mais pensantes e passionais, escritórios de advocacia, casas de família.
Caracterizam-se principalmente por suas ações de caráter de extrema moralidade. Agem e tão somente o fazem com o prévio consentimento de sua consciência. Têm em sua vida interior uma constante busca por uma legitimação filosófica de sua forma de se postar ao mundo.
Em geral já a encontraram, mesmo aqueles que mudam o pensamento na mesma velocidade com que respiram, sempre dirão que já a encontraram. E mesmo aqueles que nunca transformaram sua cosmovisão, vivem na incessante e constante tentativa de cimentar sua construção de tijolos ideais.
É aí que se encontra a face perigosa dos ideológicos. Pois o esforço que despenderão com toda sua energia será tão somente no sentido de legitimar sua moral, sem a qual, é o que me parece, cairiam em depressão profunda e secarão como uma flor não regada. E assim, ao invés de estarem comprometidos em descortinar as ideologias, sejam elas quais forem, e buscar estarem mais próximos da realidade das coisas, ao invés disto, serão capazes das mais diversas atrocidades, violências e arbitrariedades contra qualquer um que seja e/ou até contra si mesmos.
Caracterizam-se também pela extrema dificuldade com o diálogo. Não que tenham problemas com a conversação social, mas o empecilho maior está na aceitação do que é idéia externa a eles mesmos. Pois o fardo da auto-legitimação é de tanto peso que são capazes de toda a sorte de operações sofismáticas como estratégia de uma enganosa sensação de segurança filosófica em sua rígida moral. Os ideológicos são cegos por natureza, pois necessitam daquilo que não tem matéria, daquilo que é só uma fraca metáfora da realidade, para agüentarem o peso fatídico da consciência de sua própria morte.
Os de tipo orgânico são os mais raros. Basicamente são a negação dos tipos anteriores e a positivação e aceitação, sobretudo o espírito de investigação do que é real e constitui o mundo e si próprios.
Os orgânicos podem errar. Não se abatem ou se se abatem se levantam e tentam novamente. Pois sabem que podem transformar o mundo, mas que não precisam ter a fórmula certa de agir, ser ou pensar, nem sustentar alguma que não possa ou deva ser mudada diante da matéria real que lhe grita.
Principalmente negam o medo. Estão em constante mudança, e se sentem confortáveis com o desconforto perpétuo das incertezas e do princípio da dúvida que caracteriza a boa intelectualidade. Assim, botam à prova a cada momento todos seus sistemas de valores e crenças. Mesmo aqueles mais profundos e arraigados, alguma vez já questionaram.
Eles sabem que o mundo e si mesmos são fluidos e se transformam com tal dinâmica que só a mais simplória humildade os torna capazes de entendê-lo, nem que seja por alguns poucos e parcos momentos, mas não menos preciosos por isso.
Podemos encontrá-los em qualquer lugar a qualquer tempo, mas dificilmente saberíamos que estão lá. Pois são raros como diamantes, mas quando surgem fazem do mundo um lugar melhor.


Bruno Dutra.
Na próxima semana, dia 05/10: "Quero celebrar guerras novas, torturas novas, amores novos, novas torres caindo, novos deuses sendo derrubados..." MEU CORAÇÃO ANDA PENSANDO AGORA, de Danielle Ribeiro.

domingo, 20 de setembro de 2009

Para Não Morrer Com A Gente

Edson Conceição E Aloísio - Não Deixe O Samba Morrer
"Não deixe o samba morrer/Não deixe o samba acabar/O morro foi feito de samba/De samba pra gente sambar/Quando eu não puder pisar/Mais na avenida/Quando as minhas pernas/Não puderem agüentar/Levar meu corpo/Junto com meu samba/O meu anel de bamba/Entrego a quem mereça usar/Eu vou ficar/No meio do povo espiando./Minha escola perdendo ou ganhando/Mais um carnaval/Antes de me despedir/Deixo ao sambista mais novo/O meu pedido final/Não deixe o samba morrer"

Pode parecer que eu falo de fim, mas não...O meu fim é falar de algo que começa e não acaba.Somos o que fazemos. Somos aquilo que nos predispomos a fazer para que nossa existência não seja nula, inútil.Não falo no sentido de futilidade.O sentido é: que adiantaria fazermos coisas formidáveis só para si mesmo?Me diz... Você regaria uma flor que só você pudesse sentir o aroma? Plantaria uma árvore que só você pudesse usufruir do árduo trabalho dela de limpar o ar que você respira? Ou mesmo pintar um quadro que só você pudesse ver?Não... Não ia.Também não estou falando de "voluntariado" pura e simplesmente.É uma coisa conjunta, contínua, você faz para os outros também, mas você é participante, é um andar junto, produzindo junto.Se fazemos samba, é pra que a gente sambe, como sugere a música.Formular ideias, realizar ações positivas, ajudar, compartilhar, cooperar, tudo isso deve ser conjugado. Essa é a essência.Fazer com que após a uma conversa, uma outra pessoa pense no que você falou, reflita e diga: “é... isso faz sentido, por que não pôr em prática?", falar: "essa conversa não me fez gastar tempo, me fez ganhar tempo!", "ih... não é que eu posso usar isso na minha vida?".Sem notar, (a princípio, pois, como o tempo você acaba notando, óbvio) você vai propagando uma chama... plantando uma semente. Fazendo com que seus esforços não sejam em vão, que suas ações encontrem moradia no peito de
outras pessoas, contagiando outras e outras.Contagiar! Você agir para que o que você quer de bom, as ideias, as vibrações, o que você quer mudar de errado, o que quer manter (e por que não aumentar, ou melhorar ainda mais?) de bom.Contagiar para que quando você estiver sem forças, quando estiver na parte de baixo da roda gigante ou desmotivado, sempre tenha alguém para contagiar você. Que as pessoas sintam que sua existência não foi em vão, e que através de você, muitas coisas aconteceram, você foi importante para uma pessoa, para muitas delas. Para que no dia que você não existir como corpo vivo, sua alma esteja viva naquilo tudo que você deixou.Quando não puder desfilar na avenida da vida, poderei sentir que a samba não atravessará, pois parte do coro, fará parte de mim, terá gente mostrando no pé, o que passei tentando passar; e em algum lugar estarei dando minhas batidas no repique, que só foi possível porque muitos outros assim tomaram essa batida.Ao contrário do que o título sugere, prefiro não falar no passado, acho que falar no presente é mais compatível.Só para reforçar, eu não sou nem quero ser “a única voz da razão", mais do que ensinar algo, estou aqui para aprender. Para receber e passar as jóias, e não somente bijuterias... entregar para quem merece usá-las e tentar ser merecedor delas também.Meu pedido final, para mais novo e mais experiente sambista, letrista, turista, artista...... para “a gente" é:Não deixe o samba morrer......deixe a morte sambar!



Diego Sandins.
Próxima semana, dia 28/09: "...raros como diamantes, mas quando surgem fazem do mundo um lugar melhor." TIPOS IDEAIS, de Bruno Dutra.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pedra Angular

Sabe qual é o melhor momento para se fazer reflexões sobre esta merda de sociedade em que vivemos? Na madrugada de domingo pra segunda!! Esse é o momento no qual você se conscientiza de que a labuta cíclica que nos é imposta à sobrevivência vai começar novamente. E foi numa madrugada dessas que eu escrevi esse texto pensando e refletindo sobre meus muitos (peguei leve) problemas pessoais. Eu pensava sobre quantas vezes minha vida havia sido frustrante e minha mente divagou até aquelas épocas. Sempre eu jovem em busca de afirmação social... e sempre quebrando a cara. Sempre que meu objeto de expectativa havia sido destruído ou desarrumado, o sentimento de frustração abatia-se sobre mim. Maldita sociedade que nos leva inconscientemente a buscar algo que nos afirme nesse mundo flexível e que nos acultura tornando-nos, juntamente com ela, cada vez mais flexíveis. É no mínimo patético ao ser humano dos dias de hoje, socialmente instável como cada partícula que o constitui, precisar de algo estável para sobreviver. Confuso? Vou explicar. Se pegarmos a exemplo a Idade Média (fui longe? Foi necessário... observe), podemos entender sua sociedade de ordens como um local temporal na História onde facilmente o indivíduo (que nem ao menos ainda reconhecia-se dessa forma) classificava-se de acordo com seu lugar funcional – que era estático, e por ser estático, não trazia a tamanha confusão que nós temos quanto a nossa identidade. Ora bolas: eles nasciam e morriam sabendo quem eram e qual era o seu papel na sociedade. Felizes por isso... Pois ao compararmos aquela estrutura psicológica com a de nossa época, onde as flexibilidades sociais, culturais, econômicas, funcionais, etc são a veia do sistema, poderemos entender a maior dificuldade que temos em ter o que nos mantenha ancorados, que nos sustente. E o buscamos freneticamente. Essa busca nutre nossas vontades e a mesma busca é o primeiro passo em direção à frustração.
Já escutei a frase: “Hoje em dia nós não mais somos. Nós estamos”.Uma alusão justamente ao caráter flexível de nossa sociedade. Mas veementemente acredito que mesmo no mundo em que vivemos, há algo de eterno e imutável em cada um de nós. Algo inerente a cada pessoa individualmente. Algo que precisamos encontrar para nos entender, para entender o mundo melhor. Para fazer o mundo melhor. O interessante é que isso todos já sabem, mesmo que inconscientemente. Todos procuramos, como eu já disse, algo que nos comprove a nossa existência. Algo que não nos deixe enlouquecer nesse mundo mutante. Uma pedra angular. As pessoas procuram e julgam a encontrar num amor, numa família, num trabalho, numa religião... Na verdade, há uma exteriorização do que deveríamos procurar em nós mesmos. O que acontece com a pessoa que julga ser o amor que sente por outra a sua pedra angular, quando tal pessoa não a quer mais? Se aquilo a sustentava nesse mundo instável, a sua perda pode ter reflexos extremos. “A casa cai”. Não existe mais uma base, um suporte àquela pessoa nessa existência. Daí a depressão e outras doenças elitizadas que já estão bem se democratizando.
Olhemos para dentro de nós mesmos e vamos procurar lá o que tentamos, talvez por comodidade ou facilidade, encontrar fora. Não devemos deixar que uma sociedade nos consuma desta forma. Não devemos deixar que o sistema nos faça crer que somos como ele: instáveis, corrosivos, vazios. Há algo em nós que nos define. Algo acima de qualquer modelo de vida imposto a qualquer cidadão nascido em qualquer época. Encontrar nossa pedra angular em nós mesmos nos dará coragem para transformar o mundo ao nosso redor sem medo de que isso nos destrua. Não dependemos do sistema. Ele depende de nós. Somos sua pedra angular. Se mudarmos dessa forma, talvez isso seja bastante frustrante para ele.

Ulisses Figueiredo.
Na próxima semana, dia 20/09: "Contagiar para que quando você estiver sem forças, quando estiver na parte de baixo da roda gigante ou desmotivado, sempre tenha alguém para contagiar você" PARA NÃO MORRER COM A GENTE, de Diego Sandins.

sábado, 5 de setembro de 2009

Capitalismo e o Diabo

Eu era menino pequenininho e conversava muito com minha mãe ex-operária que me dizia: “– Não sei, não... acho que comércio é roubo e que esses comerciantes são todos ladrões”. No que eu pensava no silêncio sábio e indagador de uma criança sincera: “– Não sei, não... acho que a mãe está enganada... a coisa não é bem assim”. Minha mãe era uma mulher apenas (mal) alfabetizada.
Passadas mais de três décadas, sei hoje que minha mãe tinha muita razão. A lógica do capitalismo é o roubo. E já pensei sobre porque eu não gosto da maioria dos ricos que conheço. É que só há três formas de se ser rico. A primeira é herdando riqueza. A segunda é roubando. A terceira é explorando os outros – o que significa “roubar dentro da lei”. Rejeito profundamente essas três formas. Herdeiros não têm culpa? Não. Não têm culpa de nascerem ricos. Já de morrerem ricos... Roubar? O que dizer do roubo... Roubar dá mais trabalho que herdar. Mas também é um artifício “anti bem-comum”, “anti-felicidade”. E quanto a explorar? Bem... Na verdade é isso o que os empresários e comerciantes fazem o tempo todo. Funciona assim: eu sou um comerciante e compro uma caneta que vale cinqüenta centavos por um real. Então eu pego e vendo a caneta para um idiota por três reais e ainda o convenço de que ele fez um bom negócio. Ele pagou quantos por cento de ágio? Calculem. Detalhe interessante é “quem disse que a caneta valia cinqüenta centavos”? É claro que ela valia menos que isso, pois, senão, de onde viria o lucro da industria que a fabricou? Ninguém se sente culpado por vender uma caneta, claro. As coisas são assim mesmo. Mas quem vende ou fabrica canetas costuma levar uma vida muito boa. Ao passo que quem junta moedas para comprar uma...
Isso é a regra. É claro que para toda regra há exceções. Mas será que há empresários ricos que não vivem da exploração dos pobres infelizes? Claro que não. Se assim fosse, de onde viria a sua riqueza. Não existe salário justo. Marx iluminou o mundo com essa teorização (da “mais-valia”), e, ainda hoje, as pessoas acreditam em empresários bonzinhos e salário justo. O cara tem uma empresa com mil empregados e se ufana de ser um cidadão que gera mil empregos, dando assim sua valiosíssima contribuição à sociedade. Ora. A sociedade não lhe deve nada. Muito pelo contrário. Ele, sim, é o grande devedor. O que ele tem são mil escravos a patrocinar suas viagens pela Europa e suas construções de belos imóveis pra deixar de herança. Muito bonito. Há bons ricos? Provavelmente sim. Como eu disse, as regras têm exceções. Mas não se enganem: são meras exceções.
Ateu, eu não creio no diabo. No entanto afirmo que se houvesse diabo, o capitalismo seria a sua obra-prima. Não sou teísta nem satanista, graças a Deus. E não sou hipócrita a ponto de não admitir que gosto de alguns frutos da sociedade capitalista industrial. Gosto de carro, de cinema, etc. Minha mente é colonizada como a de qualquer mortal. No entanto tenho um grito dentro de mim, que eu gostaria que os ricos do mundo pudessem ouvir: “– Menos!”.

Luciano Fortunato.

Próximo domingo, dia 13/09: "Todos procuramos algo que nos comprove a nossa existência. Algo que não nos deixe enlouquecer nesse mundo mutante..." PEDRA ANGULAR, de Ulisses Figueiredo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Deixa Te Contar

Eu vou te contar uma coisa nessa carta muito doida que to te escrevendo agora. O vento tá soprando numa velocidade sem igual, cara. As coisas estão voando, papel na ventania já se desfez tem é tempo, as águas estão revoltadaças e o fogo pode lamber a gente a qualquer momento. Mas me disseram por aí que tem gente que tá toda se coçando por dentro pra reorganizar o tempo, tomar banho dessa água calmamente e deixar o fogo lamber deliciosamente sem queimar por completo, assim de cantinho, de pouquinho, pra acalmar mesmo, mas pra sentir também. Essa tal gente por aí, que tá se coçando, acabou virando uma mesma esquina numa mesma hora e se viu, e se olhou, e chegou perto e apertou as mãos: olá, eu to a fim de dar uma passeada nesse mundo mas quero companhia, tá querendo? Meu negócio é o seguinte, a gente sai por aí, olha as coisas dum jeito particular, porém parecido e diferente e partilha das nossas cabeças abertas, olhos apontados pra horizontes legais, esperançosos e aí a gente vai se dividindo com as pessoas que forem passando por aquela esquina que a gente se conheceu e convida toda essa gente disposta a viver. É isso mesmo, convidar a viver. A viver mais, melhor dizendo. Que nem criança, que sente cócegas e adora sentir mais... e vai fazer xixi nas calças de tanta felicidade. Ah, toma banho depois, mas primeiro se lambuza disso aí. Eu to com essa gente agora, eu apertei a mão e disse que queria um espacinho entre eles, e eles super sorriram pra mim, cara. Isso tá muito bom, a gente vai esmiuçar o mundo, pedacinho por pedacinho, em todas as coisas bacanas que o homem faz e em todas as coisas não-bacanas que os homens também fazem. Eu to tão animada que to me embaralhando nas coisas, mas espero que você consiga entender o que to sentindo agora. Tenho certeza que a gente vai se dar bem, eu já freqüento a casa deles. O cara maior, o Senhor Clóvis, é muito legal, me deixa praticar a vida na casa dele. Eu corro descalça e danço com todo mundo. Vai ser bom, te escreverei sempre. Vem aqui um dia. Tenho que correr que agora a gente vai comer sobremesa.

Danielle Ribeiro.
E no próximo domingo, dia 06/09, a estréia: "Ateu, eu não creio no diabo. No entanto afirmo que se houvesse diabo..." CAPITALISMO E O DIABO, de Luciano Fortunato.