Matéria prima de futuros móveis,
Está sendo varrida de forma tão metódica
Que breve nos deixará imóveis.
Máquinas assassinas
Operadas por um homem só,
Movidas a gasolina,
Fazem um estrago de dar dó
Ardentes braseiros
Com sua fumaça cinza,
Malditos carvoeiros
Sufocando o que resta de brisa.
Carnes vivas ocupam os pastos,
Outrora de outras vidas.
Grandes florestas tornam-se mato,
Flora e fauna destruídas.
Em nossas casas comemos carnes,
Construímos churrasqueiras.
Sem pensar que em outra parte
Já não há mais cerejeiras
O azul agora é cinza,
O sólido branco derrete-se,
O que sobrou de verde agoniza,
Todo o colorido fenece.
Triste retrato de um planeta!
Pintura em branco e preto.
Visão que deprime e atormenta,
Causando um profundo efeito.
Até quando seremos expectadores?
Quanto ainda vamos aguentar?
Deveríamos ser protetores
De nossa terra, nosso lar.
André Fraga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário