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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Camaleão

Eu conheço DEUS!!! Eu o sinto!!! Está sempre sentado na mesa comigo. E quando vou ao cinema, Ele vai junto. Mas, quando bebo, Ele não me acompanha. Nunca está a fim de se destruir. Sempre anda comigo e me ensina as coisas do modo mais doloroso.
Conheço pessoas que também conhecem DEUS, e se comunicam o tempo todo com Ele. Mas, sei também de algumas que pensam que conhecem DEUS. E se sentem sempre acima de nós. Mas, essas estão sozinhas, perdidas no mar como uma barra sólida de chocolate, que na verdade, não é sólida e irá se derreter em poucas horas. Procuram um grão de ouro num caminhão de areia.
Ei!!! Porque você acha que tem sonhos melhores do que eu? Só porque os meus ainda, não se tornaram reais? Estou apenas, no começo da vida e ainda, aprenderei muita coisa. Sinto-me como um camaleão que pode mudar o rosto muitas vezes e preferir sempre, quando bem entendo, o lado mais obscuro (o da morte).
Estou agora, com DEUS!! Ele entra em mim e assume as minhas palavras. Me deixa deprimido, para depois me levar ao êxtase!!! Faz parte do seu plano, ser diferente comigo. Ele sabe que eu queria ter sido Elvis, mas nunca, nunca Jim Morrison!
E você garota? Está tão triste e sozinha. Devia conversar um pouco mais com Ele. Incluí-lo nos seus sonhos para que seja verdade. Levá-lo a uma festa de amigos... e não voltar muito tarde. Ele dorme cedo. De madrugada são seus anjos que nos acompanham. A não ser, que haja um show de rock. DEUS adora rock and roll!!
Já imaginou?!? DEUS dançando rock and roll nos seus olhos, na sua mente, escandalizando igrejas e seitas que pensam que Ele é doente.
É assim que eu o vejo e sinto. É assim que Ele está em mim. Como um camaleão assumindo várias formas. Como você, sempre dentro, me fazendo suar, chorar e tremer por amor.


Sandro Cortes.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Triste Retrato De Um Planeta

A verde poeira cósmica,
Matéria prima de futuros móveis,
Está sendo varrida de forma tão metódica
Que breve nos deixará imóveis.

Máquinas assassinas
Operadas por um homem só,
Movidas a gasolina,
Fazem um estrago de dar dó

Ardentes braseiros
Com sua fumaça cinza,
Malditos carvoeiros
Sufocando o que resta de brisa.

Carnes vivas ocupam os pastos,
Outrora de outras vidas.
Grandes florestas tornam-se mato,
Flora e fauna destruídas.

Em nossas casas comemos carnes,
Construímos churrasqueiras.
Sem pensar que em outra parte
Já não há mais cerejeiras

O azul agora é cinza,
O sólido branco derrete-se,
O que sobrou de verde agoniza,
Todo o colorido fenece.

Triste retrato de um planeta!
Pintura em branco e preto.
Visão que deprime e atormenta,
Causando um profundo efeito.

Até quando seremos expectadores?
Quanto ainda vamos aguentar?
Deveríamos ser protetores
De nossa terra, nosso lar.


André Fraga.